Abertura

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Quem diria, 30 anos. Foi a partir de um chamado para seleção de curtas brasileiros a serem apresentados no Mix New York e a posterior exibição do festival nova-iorquino de filmes experimentais queer no Museu da Imagem e Som que deram origem ao Festival Mix Brasil. Sessões lotadas e sem legendas que ganharam as páginas dos jornais e destaques nas TVs em uma época pré-internet. Mas foi uma manifestação de censura e preconceito que tornou o Mix Brasil conhecido nacionalmente e gerou convites para que acontecesse em todo o país. Sempre foi assim. Os “nãos”, ao invés de nos calarem, nos tornaram mais potentes e marcaram nossa história. Sim, depois de 30 anos já podemos falar em uma história. Em 1994, criamos uma rede social online – antes do surgimento das redes sociais – para nos confortarmos e consolidarmos nosso espaço. Dois anos depois fizemos a primeira mostra de curtas online, uma das primeiras do planeta. Muito antes de se falar em transmídia, ainda no século passado, o festival já expandia sua curadoria para além do cinema, trazendo a produção LGBTQIA+ nas artes visuais, música e teatro. O reconhecimento internacional foi se consolidando através das parcerias pela troca de programações e presença em dezenas de festivais nos cinco continentes. Mas, ainda assim, foram precisos 10 anos, em que geramos nossos próprios recursos por meio de nossas redes de apoio, até a chegada dos primeiros patrocínios. Entre mais altos do que baixos, enfrentamos turbulências, resistimos e chegamos até aqui, comemorando três décadas de existência com a maior e mais completa edição. E, como sempre, inovando.

O 30° Festival Mix Brasil apresenta o MIX.XR, uma seção inédita, repleta de experiências imersivas para ampliar nossa compreensão do mundo e antever o futuro do audiovisual. Produzimos ambientes para que cada experiência seja mais completa, incluindo a montagem da incrível IVF-X, clínica de parentalidade híbrida pós-humana, de Victorine van Alphen.

A parceria com o Consulado da França e o Institut français permitiu a vinda de experiências em VR e também a realização de “Flâneur”, coprodução Brasil-França que mescla performances pelas ruas, imersão auditiva e realidade virtual que tem estreia mundial no Mix Brasil.

O MixLab Spcine deste ano tem foco nessas novas linguagens, apresentando para profissionais do audiovisual masterclasses e workshops com especialistas internacionais das artes digitais, realidade virtual e transmídia.

Como há muito, trazemos o melhor da produção audiovisual sobre a diversidade, com destaques do circuito internacional de 35 países de todos os continentes, e selecionando o melhor do que foi produzido no Brasil. Neste ano tivemos um número recorde de inscrições de filmes – foram mais de 2.669, sendo 512 brasileiros, que mostram a resiliência da nossa comunidade, que vem enfrentando com persistência e valentia as dificuldades e obstáculos que se instalaram nos últimos anos em nosso país. Na abertura, “Três Tigres Tristes”, de Gustavo Vinagre, mais um filme brasileiro premiado mundo afora nascido das mãos de um realizador cuja trajetória tivemos o prazer de acompanhar desde o início.

O projeto de residências artísticas Dramática, realizado em parceria com o Centro Cultural da Diversidade da Secretaria Municipal de Cultura e o Teatro Sérgio Cardoso, apresenta seis projetos selecionados entre os 62 inscritos, mostrando a potência e a diversidade da cena teatral. Marcelo Denny é homenageado no espetáculo “Viver É Urgente”, do Teatro da Pombagira.

No ano do centenário da Semana de Arte Moderna, a Biblioteca Mário de Andrade será nossa sede, recebendo experiências imersivas, o Mix Literário, o Mix Talks e o MixLab. No melhor espírito transmídia, o Mix Music apresenta Assucena no palco, Filipe Catto na tela e, em formato performativo, os Animais Obscenos de Janaina Leite.

As poderosas, como sempre, dão o tom do evento: Marisa Orth mais uma vez comanda o indescritível Show do Gongo, e Silvetty Montilla apresenta os impagáveis shows de Novos Talentos. Linn da Quebrada, que representa o talento e poder de superação da nossa comunidade e esteve presente várias vezes no Mix Brasil com shows e filmes, foi a escolha óbvia para o Ícone Mix 2022.

Ainda que mantendo parte de sua programação disponível em plataformas digitais, o Mix Brasil investe fortemente no presencial, acreditando que a transformação é potencializada de verdade nos encontros físicos.

A Dentsu criou a linda campanha “Toda Forma de Existir”, que celebra toda diversidade LGBTQIA+ e os diferentes formatos pelos quais essa diversidade se manifesta artisticamente.

Neste ano brindamos este 30° aniversário com a chegada da Unilever e a fundamental renovação da parceria com o Mercado Livre, o Itaú, a Spcine, o Sesc SP e outros estimados parceiros e apoiadores.

André Fischer e Josi Geller

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